domingo, 19 de outubro de 2014

Reflexão Individual Escrita


     As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são um dos resultados do avanço da tecnologia e podem ser utilizadas para aceder a informação e também facilitar a comunicação entre as pessoas.

        Segundo João Paz (2008), “Falar de novas tecnologias é falar do computador portátil, cada vez mais portátil, dos telemóveis que são muito mais do que isso (…), dos videojogos, (…), das aplicações informáticas utilizadas com fins educativos, das plataformas de gestão da aprendizagem (como a Moodle, cada vez mais disseminada nos vários níveis de ensino) ”.

As TIC adquirem um papel de extrema importância no ensino-aprendizagem, uma vez que podem ser utilizadas como um método para adquirir conhecimento através da utilização de diversas ferramentas.

       Patrícia Fidalgo (2009) defende que “as TIC proporcionam uma maior variedade de estratégias de leccionação e envolvem os discentes num processo que já não se quer de aprendizagem passiva mas antes construtiva. O aluno é assim encarado como co-produtor do processo de ensino numa interação que se centra sobretudo na construção individual do conhecimento.”.

    A partilha de ideias/conhecimentos é essencial neste processo de ensino-aprendizagem pois através deste facto o aluno não se limita a receber informação, como também partilha com os outros. Segundo Patricia Fidalgo (2009), “O uso de plataformas online (e.g. Moodle), os quadros interativos, os projetores de vídeo, a televisão, a internet entre tantos outros recursos, permitiram um envolvimento bastante positivo de todos os intervenientes num processo de ensino-aprendizagem”.

       A utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação em contexto escolar também pode contribuir para o ensino-aprendizagem do português através do acesso a jogos didáticos e através da consulta de gramáticas e dicionários online. Outro exemplo para trabalhar o português, é propor aos alunos a produção de um texto utilizando um processador de texto, como o Word, em que podem ser trabalhados vários conteúdos como o parágrafo, a indentação, os comandos não alfabéticos do teclado e os comandos acionados pelo rato.

       O facto de existir falta de equipamentos informáticos nas escolas e de as turmas serem constituídas por diferentes tipos de alunos que podem ter ou não acesso às novas tecnologias, veio dificultar a integração das TIC em contexto escolar.

       António Figueiredo (2000) defende que “O maior desafio dos novos media é, (…), o de construir comunidades ricas em contexto, onde a aprendizagem individual e coletiva se constrói e onde os aprendentes assumem a responsabilidade, não só da construção dos seus próprios saberes, mas também da construção de espaços de pertença onde a aprendizagem colectiva tem lugar.”

Relativamente ao papel do professor, existem os professores que resistem em utilizar as TIC na sala de aula por não terem tido contacto com as mesmas na sua formação inicial e existem os professores “atuais” que encontram grandes potencialidades na sua utilização.

    No entanto, como refere João Paz (2008), “nem todas as novas práticas de (-auto) aprendizagem a partir das novas tecnologias são, só por si, boas. Há “velhas” competências que fazem muita falta e que a facilidade de acesso à informação (Internet) não substitui, como a capacidade de interpretar, e refletir sobre, a informação.”. 

     De um modo conclusivo, as tecnologias de informação e comunicação devem ser vistas como um complemento ao trabalho do professor. É essencial que o professor se adapte aos avanços tecnológicos e proporcione aos seus alunos um ambiente mais ligado às novas tecnologias.
 
      Por sua vez, as aprendizagens que resultam da utilização das TIC são importantes para os alunos porque permitem adquirir conhecimentos de uma forma mais interativa e dinâmica, tornando os alunos mais autónomos na sua aprendizagem.

    Geralmente a componente lúdica associada a aprendizagem de determinado conteúdo torna-se mais fácil e motivador para qualquer pessoa.
 
     Figueiredo (2000) defende que “uma parte significativa do futuro da aprendizagem não se encontra nos conteúdos. Muito desse futuro, talvez a parcela mais crítica, encontra-se nos contextos. Não se encontra, assim na produção de conteúdos, nem na distribuição de conteúdos, nem na “transferência” de “aprendizagem” ou de “conhecimento” para cabeças vazias, mas sim em tomar possível a construção das aprendizagens pelos seus próprios destinatários, em ambientes culturalmente ricos em actividade – ambientes que nunca existiram, que o recurso inteligente aos novos media tornou possíveis e nos quais se aplicam paradigmas completamente distintos do passado.”.


Autora: Maria Dias

Obras Citadas
  • Fidalgo, P. (2009). O ensino e as Tecnologias da Informação e Comunicação.
  • Figueiredo, A. D. (2000). Novos Media e Nova Aprendizagem.
  • Paz, J. (2008). Educação e Novas Tecnologias.


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